31 agosto, 2013

Sabia-lhe tão bem os mimos no cabelo. Os dedos semi-fechados a sentir-lhe a pele. Sabia-lhe tão bem conquistar-lhe o sorriso ao acaso. Aquele sorriso que não era de mais ninguém. Sabia ainda melhor o braço atrás do pescoço. A cabeça no peito e o cheiro a lavado. Aqueles eternos momentos que a conquistavam durante horas. Adormecia a pensar neles e perguntava-se se seria sempre assim. Se seriam sempre o tudo no fim do dia. Se nunca se iria esquecer de os notar. Eram os toques e gestos mais simples do mundo. Mas eram o mundo dela. Adorava observá-lo de perfil como se não soubesse a razão de o merecer. Olhava-o enquanto falava e ainda não acreditava no quanto ele crescera. No quanto ela o adorava ver crescer e tornar-se o homem que ainda a surpeendia. Era o conforto que a fazia perder-se como uma menina pequena. Não havia conforto melhor que ele. Não havia lugar nenhum comparado áquele. O lugar em que se fecha os olhos e se absorve tudo como se fosse um golo de sensações. O lugar em que o coração quase dói de tanta felicidade e calma.
Pedia baixinho e entre linhas para que aquilo não se perdesse. Sentia-se vulnerável e dependente e era aí que se apercebia que tinha recuperado o coração de novo. Oh, que saudades do amor. Desta maldita encruzilhada. 


1 comentário:

Simone disse...

tão tão bonito... e verdadeiro. é mesmo isso. <3