29 setembro, 2013


Quanto mais sei sobre mim, mais me assusto. Continuas aqui comigo, integro e cada vez mais próximo, enquanto eu tento fugir das tuas mãos e não pensar porquê. Não pensar como é que as minhas prioridades e os meus desejos mudam quando não deviam mudar. Como é que tenho tanta facilidade em brincar com o fogo. Este meu deslumbramento pelo que é novo na minha vida, trama-me. Sejam lugares ou pessoas. Não me posso esquecer de ti, não me quero esquecer de ti. Eras a minha prioridade e com quem me realizava. Continuo a fazer figas para que seja só mais uma fase no meio de tantas. Tento normalizar o que se passa na minha cabeça, mas a culpa corrói-me tudo. Não mereces a minha falta de integridade, e sobretudo, não mereces a minha falta de honestidade. Não mereces que me falte a vontade de te amar. 
Que seja só mais uma fase no meio de tantas porque eu ainda te pertenço. 

31 agosto, 2013

Sabia-lhe tão bem os mimos no cabelo. Os dedos semi-fechados a sentir-lhe a pele. Sabia-lhe tão bem conquistar-lhe o sorriso ao acaso. Aquele sorriso que não era de mais ninguém. Sabia ainda melhor o braço atrás do pescoço. A cabeça no peito e o cheiro a lavado. Aqueles eternos momentos que a conquistavam durante horas. Adormecia a pensar neles e perguntava-se se seria sempre assim. Se seriam sempre o tudo no fim do dia. Se nunca se iria esquecer de os notar. Eram os toques e gestos mais simples do mundo. Mas eram o mundo dela. Adorava observá-lo de perfil como se não soubesse a razão de o merecer. Olhava-o enquanto falava e ainda não acreditava no quanto ele crescera. No quanto ela o adorava ver crescer e tornar-se o homem que ainda a surpeendia. Era o conforto que a fazia perder-se como uma menina pequena. Não havia conforto melhor que ele. Não havia lugar nenhum comparado áquele. O lugar em que se fecha os olhos e se absorve tudo como se fosse um golo de sensações. O lugar em que o coração quase dói de tanta felicidade e calma.
Pedia baixinho e entre linhas para que aquilo não se perdesse. Sentia-se vulnerável e dependente e era aí que se apercebia que tinha recuperado o coração de novo. Oh, que saudades do amor. Desta maldita encruzilhada. 


20 agosto, 2013

Tenho saudades disto aqui. Do carinho que lhe dava. A verdade é que a minha falta de inspiração está a demorar a passar. Já lá vai quase meio ano que não escrevo de corpo e alma. Sinto saudades da ânsia que tinha em escrever em fictício. Dar vida a sentimentos que não me pertenciam mas que pertenciam a alguém. Agora, sinto que só sei escrever e descrever o que nasce aqui, aqui dentro. Na minha própria raiz. E o que aqui tenho, nem eu conheço bem. Deixei-me de grandes palavras. No amor, tornei-me mais observadora do que crítica. Já não apelido grande coisa nem dou justificações ao coração. Sinto-me vazia, mas é um vazio que me preenche. Que não me esmurece nem me anima. Ainda me exalto, e é nessas alturas que tenho saudades deste meu canto.
O quando me beijas a alma sente saudades vossas e está pronto para abrir a janela mais uma vez. Diferente mas sempre cheio de amor.

08 julho, 2013

...

Traz-me o melhor da vida. É so isso que espero de ti. Traz-me o melhor da vida em ti.