13 julho, 2011

Desde o dia em que me afundei em mim e me segurei com as duas mãos, tenho percebido que sou roubada. Cada pétala,todas mal me querem. Tenho-me observado e deixei que me roubassem desde sempre. Eu não agarro o que vai e vem aqui,em mim. Eu deixo que sejam passagens. Eu deixo que elas se soltem. Eu deixo que as arranquem. E por isso mesmo, habituei-me a sentir nada. A falar nada. Não sei sequer o que é o amor. Não sinto falta dele. Talvez porque nunca o tive. Mas se sou roubada,talvez já tenha sido amada. Gostam do que o meu coração se enfeita. Gostam das cores que ele traz. Gostava que me ensinassem a ver o mesmo e a fazer o mesmo. A roubar também para preencher os buracos mais profundos. Quero-me encher de esperanças,quero que ela nasça em mim e resista. Seja a primeira a resistir. Nem sei bem o que isso é,mas talvez quando esse momento chegar,saiba. saiba mesmo. Quero poder tocar-me e colar as pétalas  que começam a voar. Quero-as de novo,enfeitiçadas. 

13 comentários:

Mafalda disse...

És tão simples Joana, nota-se pelo teu blog, e eu gosto tanto de simplicidade:)

Mafalda disse...

Não tinha lido o texto, à bocado não estava a aparecer, mas bolas Joana, bolas tu és fantástica!

sophie disse...

adorei mesmo :)

Vera disse...

Gosto muito, mesmo :) **

marta disse...

comentários para quê? :b
a joaninha nunca desilude :)

ines disse...

lá estás tu a dizer tudo o que é preciso

Rita Q. disse...

escreves tão bem joana, tão tão. "Não sei sequer o que é o amor. Não sinto falta dele. Talvez porque nunca o tive." - perfeito.

Unknown disse...

escreves sempre de uma forma tão limpída, meu deus .. (:

mary disse...

lindo:)

carina rodrigues disse...

como sempre, perfeito.

Esboços disse...

Está lindíssimo ^^)

Emmeline disse...

adoráaaavel!!!

Anónimo disse...

Adorei :)

http://theeyesofmara.blogspot.com/