12 novembro, 2012

O medo persegue-me. A falta de esperança também. Como eu desejava que ás vezes houvesse algum tipo de remédio para estas dores agudas, que vêm sem as evocarmos. Desejava ser indiferente para sempre. Sem coração para ti,ás vezes. Gostava de saber fazê-lo enquanto posso. Que a avalanche de sentimentos não subisse de todas as vezes que me deito ao fim da tarde. Ás vezes pela madrugada. É caminhar lado a lado com as mãos bem dadas,mas sem nunca cruzar os dedos. É sorrir para ti quando devo mas sem nunca mostrar o que não devo. É pedir-te para ficares mas só quando fechas a porta e dizes que hoje dormes sobre o meu chão frio. É pedir-te pouco e mostrar o quanto posso. É desaprender a dar demais. Não posso ser a loucura da alma que exagera quando vê fogo de paixão. É fechar os olhos e sentir-me na apatia fingida. Não sei se me apoderei do negativismo,da falta de agradecimento. É como chocar contra mim mesma e ter medo de rever nos espelhos. A minha ingenuidade, a minha ilusão. Trata de mim,talvez seja só isso,trata de mim.

3 comentários:

daniela disse...

a culpa não é tua! está lindo.

Inês disse...

está lindo

Inês Teixiera Lopes disse...

Obrigada Joaninha...