19 abril, 2011

Até que o rio nos separe

"Mas o tempo cura tudo. Não é como nós pensamos,nem como gostaríamos-não nos aparece de frente-,a cura chega sorrateiramente,atrás de nós ou por cima do nosso ombro,pela calada,por onde não conseguíamos vê-la chegar. Começa a borbulhar vinda de baixo e sobe a toda a volta. E de repente sequei os olhos durante o tempo suficiente para olhar para cima,para olhar para além de mim,e descobrir que a minha dor se tinha tornado no ponto de apoio que me mantinha como um todo. permaneci na margem,olhei através do vasto epicentro de mim e enfrentei uma escolha: arrisco o rio? De modo que cortei a água,remei para fora do meu próprio buraco negro e descobri que o rio não era um,mas muitos,e quer se goste quer não,todos eles convergem. Cada volta,cada  curva,conduzia a algo belo,a um todo,algo que vale a pena recordar. Porquê? Como? Não sei responder a isso. Só sei que ela manteve a sua promessa. Ela estava à espera. E ali,naquele Devil's Elbow,descobri como colar e recuperar a manta de retalhos em que me tornei." 
Charles Martin,até que o rio nos separe

6 comentários:

rafaela d disse...

Bem o livro deve ser fantástico pelo menos por o excerto parece!
Muito obrigada querida, eu espero continuar por aí fora com muitos mais meses ao lado da pessoa que realmente amo, porque o amor ultrapassa tudo e todos, e disso já tenho a certeza absoluta.
Muito obrigada pelas palavras.
Beijões <3

sara disse...

Obrigada, eu depois envio-te o convite :)

Maria disse...

Acho que acabei de descobrir o próximo livro a ler.

Mafalda disse...

Fantástico*

Rita Q. disse...

a última frase <3

marta disse...

parece ser uma leitura interessante :)
gostei.